Nossa, já faz bastante tempo que não atualizo o
blog! Algumas pessoas cobraram notícias por aqui e agora com um pouco mais de
tempo, vou tentar atualizar as coisas J
Bem, desde a última postagem, a vida deu uma
voltinha de 180 graus. Terminei o doutorado, separei e resolvi voltar pro Rio
(não necessariamente nessa ordem...he he he). Desde outubro viemos de mala e
cuia para a cidade maravilhosa continuar nossa aventura pela vida, que como é
uma só, deve ser vivida e aproveitada até a última gota.
A decisão de voltar ao Brasil foi muiltifatorial,
mas não vou me esticar muito no assunto. Algumas coisas me empurrando de lá para
cá e outras me puxando de cá para lá e assim, quando me dei por conta, já
estava em Terras canarinhas.
Groningen foi minha casa por 9 anos e lá aprendi
muitas coisas novas, fiz amigos fantásticos e tive meus dois tesouros. A
Holanda será minha segunda casa para sempre, com certeza. Ainda mais agora que
tenho a cidadania e sou oficialmente holandesa. Alem dos amigos, sentirei muita
falta dos colegas e alunos do HIT. Foi muito legal ter sido professora lá
nesses últimos 2 anos.
Mas o Rio...ah, o Rio é o Rio! E quando disse que
voltei para casa, isso aconteceu também profissionalmente. Voltei pro Fundão.
Pro mesmo instituto. Pro mesmo laboratório. Então é casa MESMO.
Os meninos estão se acostumando bem, afinal eles
falam o português desde sempre e todos os anos vinham de férias. Ainda sentem
falta da Holanda, dos amigos e da escola, mas estamos aqui há apenas 2 meses e
é natural. E não é coisa definitiva: só uma inversão. Ao invés de virem passar
férias aqui, vão pra Holanda. Na escola vão muito bem. Já lêem em português e
começam a escrever também. Eu tive muito receio no início, já que além de todas
as mudanças na vidinha deles, a escola não era uma acostumada a lidar com
crianças bilíngues.
E por enquanto estamos indo muito bem. O desafio
agora é manter o inglês e o holandês, mas acredito que essa tarefa vai ser
bastante complicada, uma vez que as oportunidades que o Brasil oferece ao
aprendizado de outros idiomas são muito limitadas. Sem contar com o preconceito
e falta de informação a respeito do assunto pela população de modo geral.
A síndrome do regresso ainda não bateu na minha
porta; espero que passe longe, mas nunca se sabe. Já tenho alguns “causos” para
contar, mas fica para uma próxima vez.